L’impact de la Séparation dans la réalité diocésaine française

A lei de separação de 1905 inscreve‑se numa clara lógica de ruptura, pondo fim simultaneamente à Concordata e à política anti‑clerical do controle da Igreja pelo Estado. A entrada em vigor da lei em Dezembro de 1906, fez temer uma grave crise político‑religiosa. Na verdade, a conciliação procurada s...

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Main Author: Guilbaud, Mathilde (Author)
Format: Electronic Article
Language:Portuguese
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Published: Centro de Estudos de História Religiosa 2011
In: Lusitania sacra
Year: 2011, Volume: 24, Pages: 13-24
Further subjects:B Igreja Católica francesa
B Lei da sepação de 1905
B Laicidade
Online Access: Volltext (kostenfrei)
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Description
Summary:A lei de separação de 1905 inscreve‑se numa clara lógica de ruptura, pondo fim simultaneamente à Concordata e à política anti‑clerical do controle da Igreja pelo Estado. A entrada em vigor da lei em Dezembro de 1906, fez temer uma grave crise político‑religiosa. Na verdade, a conciliação procurada simultaneamente pelo clero e pelas autoridades locais permitiu que a vida paroquial continuasse sem grandes mudanças em relação ao período anterior. A separação introduziu duas rupturas importantes e duradouras relativamente à Igreja francesa, a liberdade e a pobreza. Para construir a autonomia material das suas dioceses, os bispos são obrigados a contar com os leigos, que após 1905 ocupam um novo lugar no seio da Igreja. Mas a liberdade conquistada pelos bispos para a gestão do clero e da diocese teve de enfrentar a resistência do clero e povo, por causa dos seus hábitos concordatários.
La loi de séparation de 1905 s’inscrit dans une logique de rupture très nette, en mettant fin simultanément au Concordat et à la politique anticléricale de contrôle de l’Église par l’État. L’entrée en application de la loi, au mois de décembre 1906, fait craindre une grave crise politico‑religieuse. En réalité, l’apaisement recherché simultanément par le clergé et par les autorités locales permet à la vie paroissiale de se poursuivre sans changement majeur avec la période précédente. La séparation a pourtant entraîné deux ruptures importantes et durables pour l’Église de France, la liberté et la pauvreté. Pour édifier l’autonomie matérielle de leurs diocèses, les évêques sont contraints de s’appuyer sur les laïcs, qui prennent après 1905 une place nouvelle au sein de l’Église de France. Mais la liberté acquise par les évêques pour la gestion du clergé et du territoire diocésain se heurte à la force de résistance du clergé et des populations, imprégnés des habitudes concordataires.
The law of separation from 1905 clearly represents a rupture, by ending both the Concordat and the anti‑clerical control of the Church by the State. The entry of the law in December 1906, raised the fear for a serious political and religious crisis. In fact, the conciliation sought both by the clergy and local authorities allowed the parish life to continue without major changes from the previous period. The separation made two important and lasting ruptures on the French church, freedom and poverty. To build the material autonomy of their dioceses, the bishops were forced to rely on the laity, that after 1905 occupied a new place within the Church. But the freedom won by the bishops for the management of the clergy and the diocese had to face the resistance of the clergy and population, because of the Concordat.
ISSN:2182-8822
Contains:Enthalten in: Lusitania sacra
Persistent identifiers:DOI: 10.34632/lusitaniasacra.2011.5724