A "Religião" do jornalismo
This article analyses the daily occurrence of multiple secular manifestations of religiousness in newspapers editorial rooms (according to Georg Simmel, it is a human capacity that involves the whole existence and endows it with sense). The author worked for newspapers Folha de S. Paulo and O Estado...
| Autor principal: | |
|---|---|
| Tipo de documento: | Electrónico Artículo |
| Lenguaje: | Portugués |
| Verificar disponibilidad: | HBZ Gateway |
| Interlibrary Loan: | Interlibrary Loan for the Fachinformationsdienste (Specialized Information Services in Germany) |
| Publicado: |
2007
|
| En: |
Horizonte
Año: 2007, Volumen: 6, Número: 11, Páginas: 35-51 |
| Otras palabras clave: | B
Mística
B Mystic B Journalism B Fenômeno religioso B Jornalismo B Ritual Motivo B Religious Phenomenon |
| Acceso en línea: |
Volltext (kostenfrei) Volltext (kostenfrei) |
| Sumario: | This article analyses the daily occurrence of multiple secular manifestations of religiousness in newspapers editorial rooms (according to Georg Simmel, it is a human capacity that involves the whole existence and endows it with sense). The author worked for newspapers Folha de S. Paulo and O Estado de S. Paulo for five years. From his observations, written down in a diary, interviews and collected data, he wrote a “reporthesis” – a newspaper report that turned into a doctorate thesis. There is not a formal religious component in journalism. But, due to a personal disposition, professional ethos or tradition, the journalist’s religiousness comprises a sense of promotion of truth and justice. Journalists exercise a peculiar omnipotence when they select events that they consider worth publishing. The fundamental connection between the press and time confers a specific eternity on it, once the occurrence of non-stop editions points out a return to the eternal present. We conclude that the “religious” characteristic of journalism appears as rituals of place and time, of people and discourse, and also as a mystic of vocation, mission and suffering. Those conditions can also be a “heroic” disguise for the exploitation of workers. Este artigo analisa a ocorrência cotidiana, nas redações de jornal, de inúmeras manifestações “laicas” da religiosidade (na concepção simmeliana, é uma capacidade humana que engloba a totalidade da existência e lhe confere sentido). O autor trabalhou, durante cinco anos, nas redações dos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. das observações, anotadas num diário de campo, entrevistas e levantamento de dados, resultou uma “repor-tese” – uma reportagem que virou doutorado. Não há no jornalismo um componente religioso formal. Mas, por predisposição pessoal, ethos da profissão ou tradição, a religiosidade do jornalista secreta um sentido de promoção da verdade e da justiça. A empresa jornalística exerce uma peculiar onipotência ao selecionar acontecimentos que considera dignos de ser publicados. A ancoragem da imprensa no tempo lhe confere certa eternidade, pois a sucessão ininterrupta de edições configura um retorno ao eterno presente. Conclui-se que a característica “religiosa” do jornalismo se manifesta sob forma de rituais de lugar e tempo, de pessoas e falas e também como mística da vocação, da missão e do sofrimento. Essas condições também podem ser usadas como um disfarce “heróico” na exploração do trabalhador. |
|---|---|
| ISSN: | 2175-5841 |
| Obras secundarias: | Enthalten in: Horizonte
|
| Persistent identifiers: | DOI: 10.5752/P.2175-5841.2007v6n11p35-51 |