Discurso de Violência no Apocalipse de João e o corpo feminino: linguagem e poder: linguagem e poder

A linguagem apocalíptica é perpassada por símbolos de violência e esperança. No limite das metáforas, as imagens discursivas nessa literatura são instrumentos de construção de identidade e organização de mundo. Seguindo essa tradição do segundo templo, o visionário João convida seus interlocutores d...

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Κύριος συγγραφέας: Terra, Kenner (Συγγραφέας)
Τύπος μέσου: Ηλεκτρονική πηγή Άρθρο
Γλώσσα:Πορτογαλικά
Έλεγχος διαθεσιμότητας: HBZ Gateway
Interlibrary Loan:Interlibrary Loan for the Fachinformationsdienste (Specialized Information Services in Germany)
Έκδοση: 2024
Στο/Στη: Estudos de religião
Έτος: 2024, Τόμος: 38, Τεύχος: 1, Σελίδες: 87-111
Άλλες λέξεις-κλειδιά:B Linguagem
B Mulher
B Discurso
B Violência
B Apocalipse
Διαθέσιμο Online: Volltext (kostenfrei)
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Περιγραφή
Σύνοψη:A linguagem apocalíptica é perpassada por símbolos de violência e esperança. No limite das metáforas, as imagens discursivas nessa literatura são instrumentos de construção de identidade e organização de mundo. Seguindo essa tradição do segundo templo, o visionário João convida seus interlocutores das sete igrejas da Ásia interpretarem o Império Romano como habitação do caos, o que exigiria das comunidades de fé da região asiática do primeiro século rigoroso ascetismo. Como contradiscurso, o Apocalipse contraria a propaganda imperial de ordem e pax descrevendo a realidade como habitação do dragão (Ap 12-13;17), o que exigiria total separação cultural. Sua estratégia discursiva, como defendem as atuais pesquisas, à luz das análises discursivas, estabelece fronteiras rigorosas nas quais se fortalecem os limites simbólicos dos seguidores do cordeiro ou da besta. Nesse cenário de construção de identidade, a corporeidade feminina é tratada no Apocalipse como parte do sistema maligno. Seguindo as orientações metodológicas que compreendem o texto como resultado estratégias de enunciação, a partir das teorias do discurso, o capítulo mostrará como as imagens vinculadas imageticamente ao feminino servem material simbólico no discurso ascético de João. A hipótese deste ensaio é que a linguagem do Apocalipse, a despeito de apresentar uma dura crítica ao Império, ao mesmo tempo fortalece a violência de gênero e tem potência de legitimação da misoginia, o que nos obriga ler o texto com cuidado crítico e inversão simbólica.
ISSN:2176-1078
Περιλαμβάνει:Enthalten in: Estudos de religião
Persistent identifiers:DOI: 10.15603/2176-1078/er.v38n1p87-111