Desconstruindo uma alegoria: Gálatas 4,21-31

A alegoria de Gl 4,21-31 envolvendo o filho da escrava Agar e o filho da mulher livre, que Paulo não nomeia, como expressões da vivência pela Lei ou pela Graça, demonstra ser um equívoco hermenêutico do apóstolo. Ele tenta elaborar uma ideia que acaba num sentido oposto, especialmente quando usa o C...

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Bibliographic Details
Authors: Carneiro, Marcelo da Silva (Author) ; Marianno, Lília Dias (Author)
Format: Electronic Article
Language:Portuguese
Check availability: HBZ Gateway
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Published: Universidade Metodista de São Paulo 2017
In: Revista de interpretação bíblica latino-americana
Year: 2017, Volume: 76, Issue: 3, Pages: 125-139
Further subjects:B Lei
B Agar
B Gálatas
B Graça
B Alegoria
Online Access: Volltext (kostenfrei)
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Description
Summary:A alegoria de Gl 4,21-31 envolvendo o filho da escrava Agar e o filho da mulher livre, que Paulo não nomeia, como expressões da vivência pela Lei ou pela Graça, demonstra ser um equívoco hermenêutico do apóstolo. Ele tenta elaborar uma ideia que acaba num sentido oposto, especialmente quando usa o Cântico de Isaías 54,1 para fundamentar seu argumento. Neste artigo, procuramos desconstruir o uso dessa alegoria, adotando um caminho de análise crítica do discurso da perícope, seguido de propostas de solução para esse equívoco. Afinal, Paulo era imaturo teologicamente nesta época ou usou mal as figuras propositadamente? Uma das possibilidades adotadas é que Paulo pode ter usado uma imagem popular presente no imaginário dos Gálatas, que tinham certo conhecimento das tradições judaicas. É possível, por outro lado, pensar numa leitura mais profunda da alegoria, que Paulo acabou não apontando no seu texto, mas que devia estar no horizonte de interpretação dela.
Contains:Enthalten in: Revista de interpretação bíblica latino-americana
Persistent identifiers:DOI: 10.15603/1676-3394/ribla.v76n3p125-139