Ritualizar é preciso ...

O presente estudo, ao compendiar de modo sumário as te­ses de alguns autores de referência para o estudo do fenômeno ritual, presta-se ao papel de introdução às teorias sobre a ritualidade. Contu­do, seu objetivo principal não é este, mas, sim, evidenciar o quanto o modus operandi dos ritos está ent...

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Bibliographic Details
Subtitles:"Papa Francisco: 10 anos"
Authors: Ecco, Clóvis (Author) ; Carvalho da Silva, Daniel (Author)
Format: Electronic Article
Language:Portuguese
Check availability: HBZ Gateway
Fernleihe:Fernleihe für die Fachinformationsdienste
Published: 2023
In: Revista eclesiástica brasileira
Year: 2023, Volume: 83, Issue: 325, Pages: 466-483
Further subjects:B Rituality
B Fenômeno Religioso
B Cultura
B Culture
B Ritualidade
B Religious Phenomenon
Online Access: Volltext (kostenfrei)
Volltext (kostenfrei)
Description
Summary:O presente estudo, ao compendiar de modo sumário as te­ses de alguns autores de referência para o estudo do fenômeno ritual, presta-se ao papel de introdução às teorias sobre a ritualidade. Contu­do, seu objetivo principal não é este, mas, sim, evidenciar o quanto o modus operandi dos ritos está entremeado na vida cotidiana, não se res­tringindo unicamente ao âmbito religioso, como comumente se pensa. Metodologicamente, nossa pesquisa confronta: 1) a teoria dos ritos de passagem de Arnold Van Gennep (2013) às festas juninas; 2) a tese de Claude Rivière (1989), que assume os ritos como asseguradores dos mitos, ao rito de unção da Rainha Elizabeth II como aparece na série The Crown; 3) a hipótese de Giorgio Bonaccorso (2009), que entende os ritos como um esquema humano para enfrentar o medo da morte, ao rito das Exéquias. Depois de analisar as pesquisas de antropólogos, sociólogos e teólogos, ultima por considerar que ritualizar é uma ne­cessidade humana, seja para transformar, seja para assegurar, seja para enfrentar a morte.
The present study, by summarizing the theses of some authors of reference for the study of the ritual phenomenon, lends itself to the role of introduction to theories about rituality. However, its main objective is not this, but rather to show how much the modus operandi of the rites are interwoven in everyday life, not being restricted solely to the religious scope, as is commonly thought. Methodologically, our research confronts: 1) Arnold Van Gennep's (2013) theory of rites of passage to June festivals; 2) the thesis of Claude Rivière (1989) that assumes the rites as guarantors of the myths to the rite of anointing of Queen Elizabeth II as it appears in The Crown series; 3) the hypothesis of Giorgio Bonaccorso (2009) who understands the rites as a human scheme to face the fear of death at the funeral rite. After analyzing the research of anthropologists, sociologists, and theologians, we end up considering that ritualizing is a human need, either to transform one­self, to feel safe, or to face death.
Contains:Enthalten in: Revista eclesiástica brasileira
Persistent identifiers:DOI: 10.29386/reb.v83i325.4889