Nas margens da diplomacia portuguesa quinhentista: o singular testemunho de Roma por um criado de D. Jaime, 4º duque de Bragança (1510-1517)

No início do século XVI, as relações políticas entre as diversas monarquias europeias e a consequente prática diplomática vivem um processo de profunda transformação que culmina com o nascimento da diplomacia moderna, expressa na sua forma acabada na figura do embaixador permanente. Tal processo con...

Full description

Saved in:  
Bibliographic Details
Main Author: Lopes, Paulo Catarino (Author)
Format: Electronic Article
Language:Portuguese
Check availability: HBZ Gateway
Journals Online & Print:
Drawer...
Fernleihe:Fernleihe für die Fachinformationsdienste
Published: Centro de Estudos de História Religiosa 2016
In: Lusitania sacra
Year: 2016, Volume: 33, Pages: 203-251
Further subjects:B Casa de Bragança
B Renascimento
B Diplomacia
B Europe
B Roma
Online Access: Volltext (kostenfrei)
Volltext (kostenfrei)
Description
Summary:No início do século XVI, as relações políticas entre as diversas monarquias europeias e a consequente prática diplomática vivem um processo de profunda transformação que culmina com o nascimento da diplomacia moderna, expressa na sua forma acabada na figura do embaixador permanente. Tal processo configura-se e materializa-se no espaço da Península Itálica, muito especificamente em Roma. Disso dá conta o relato intitulado Tratado que hum criado do duque de braguança escreueo pera sua senhoria dalgumas notauees cousas que vio hindo pera Roma. E de suas grandezas E Jndulgençias, E grandes aconteçimentos que laa socçederam em espaço de sete años que hi esteue. Da autoria de um anónimo fidalgo português, criado do 4º duque de Bragança, D. Jaime, que habitou em Itália entre 1510 e 1517, este documento revela como no dealbar do século XVI a mirabili urbe ainda mantém uma centralidade fundadora, impondo-se não apenas como sede espiritual do mundo cristão, mas também como cidade cosmopolita, ícone cultural do Renascimento e grande centro de poder político onde as potências coevas disputavam a hegemonia sobre o Velho Continente.
In the early sixteenth century, the political relations between the various European monarchies and the consequent diplomatic practices were under a process of deep transformation that culminated in the birth of modern diplomacy, expressed in its finished form in the figure of the permanent ambassador. This process emerged and took effect in the Italian peninsula, very specifically in Rome. This represents the content of the report entitled Tratado que hum criado do duque de braguança escreueo pera sua senhoria dalgumas notauees cousas que vio hindo pera Roma. E de suas grandezas E Jndulgençias, E grandes aconteçimentos que laa socçederam em espaço de sete años que hi esteue. Written by an anonymous Portuguese nobleman, servant of the 4th Duke of Bragança, D. Jaime, who lived in Italy between 1510 and 1517, this document reveals how at the dawn of the sixteenth century the mirabili urbe still maintained a founding centrality, imposing itself not just as the spiritual headquarters of the Christian world but also as a cosmopolitan city, the Renaissance cultural icon and the major center of political power where coeval potencies disputed hegemony over the Old Continent.
ISSN:2182-8822
Contains:Enthalten in: Lusitania sacra
Persistent identifiers:DOI: 10.34632/lusitaniasacra.2016.5473