Quando o Espírito Encontra-se na Mercadoria

Focalizando os festivais Nova Era, este artigo discute uma noção específica de sagrado na Nova Era que precisa da prática do consumo para expressá-Ia e experimentá-Ia ritualmente. A presente análise não oferece uma visão do mercado consumidor como a esfera dominante do mundo secular para incluir nel...

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Bibliographic Details
Published in:Numen
Main Author: Luz, Leila Amaral (Author)
Format: Electronic Article
Language:Portuguese
Check availability: HBZ Gateway
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Fernleihe:Fernleihe für die Fachinformationsdienste
Published: UFJF 1999
In: Numen
Further subjects:B Consumption
B Nova Era
B Spirituality
B New Age
B Consumo
B Espiritualidade
Online Access: Volltext (kostenfrei)
Description
Summary:Focalizando os festivais Nova Era, este artigo discute uma noção específica de sagrado na Nova Era que precisa da prática do consumo para expressá-Ia e experimentá-Ia ritualmente. A presente análise não oferece uma visão do mercado consumidor como a esfera dominante do mundo secular para incluir nele, analiticamente, elementos que supostamente não lhe pertencem. Ao contrário, o objetivo deste artigo é apresentar a "espiritualidade Nova Era" como uma experiência do sagrado que exige a inclusão de elementos profanos que provêm do mundo do consumo a fim de realizá-Ia. O argumento central é que a descanonização entre espaço e essência e a idéia de um sagrado disperso orientam performances espirituais para as quais as pessoas precisam da mercadoria (bens espirituais e culturais) para produzir significados espirituais e morais. Por isso, o consumo pode ser pensado como sendo consubstancial à "espiritualidade Nova Era".
Focusing on the New Age festivals, this article discusses a specific New Age notion of sacredness which needs the practice of consumption to express and experimence it by ritual means. The present analysis does not offer a vision of the "consumer market" as the dominant sphere of secular world to include in it, analytically, elements that are supposed not to belong to it. On the contrary, the aim of this article is to present the "New Age spirituality" as a particular experience of the sacredness that demands the inclusion of profane elements from the world of consumption in order to accomplish it. The central argument is that the de-canonization between space and essence and the idea of a dispersing sacredness guide spiritual performances for which people need commodities (spiritual and cultural goods) to produce spiritual and moral meanings. Whence the consumption can be thought as being co-substantial to the New Age spirituality.
ISSN:2236-6296
Contains:Enthalten in: Numen