MULHERES EM TEMPOS DE PANDEMIA: A COTIDIANIDADE, A ECONOMIA DO CUIDADO E O GRITO UTERINO!
O presente artigo reflete sobre a realidade das mulheres em tempos de pandemia. A problemática que envolve o presente trabalho parte da pergunta: como tem sido a experiência das mulheres na pandemia do coronavírus (Covid-19), devido ao acúmulo dos cuidados como tarefa feminina e o grito uterino que...
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Format: | Electronic Article |
Language: | Portuguese |
Check availability: | HBZ Gateway |
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Interlibrary Loan: | Interlibrary Loan for the Fachinformationsdienste (Specialized Information Services in Germany) |
Published: |
[2020]
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In: |
Estudos teológicos
Year: 2020, Volume: 60, Issue: 2, Pages: 554-572 |
IxTheo Classification: | FD Contextual theology KBR Latin America NBE Anthropology NCC Social ethics |
Further subjects: | B
economia do cuidado
B cotidianidade B Mulheres B Pandemia B Feminismo |
Online Access: |
Volltext (kostenfrei) Volltext (kostenfrei) |
Summary: | O presente artigo reflete sobre a realidade das mulheres em tempos de pandemia. A problemática que envolve o presente trabalho parte da pergunta: como tem sido a experiência das mulheres na pandemia do coronavírus (Covid-19), devido ao acúmulo dos cuidados como tarefa feminina e o grito uterino que vem dessa situação? Para responder a essa questão, buscamos referências da teologia feminista, que parte do princípio da experiência das mulheres para a análise da realidade e a reflexão teológica e que coloca a vida mesma em sua amplitude como critério hermenêutico. A metodologia utilizada é bibliográfica, a partir de artigos de revistas, entrevistas e livros. Além do mais, somos três mulheres, profissionais, afetadas também pelo home office que se mistura com o trabalho da casa e a necessidade de uma nova organização. O processo de ensino aprendizagem da pandemia tem sido cruel e tem afetado, especialmente, a vida das mulheres. A casa, que deveria ser um lugar seguro, apresenta-se para muitas como um lugar de perigo constante. Muitos trabalhos de cuidado remunerados ou não são realizados pelas mulheres. Historicamente o cuidado tem sido delegado às mulheres, sendo, por um lado, exaltado como parte do ser/fazer feminino (mãe e dona da casa) e, por outro lado, é um trabalho não remunerado ou mal remunerado (enfermeiras, assistentes sociais). Apresenta-se o artigo em três partes: a experiência das mulheres, a necessidade de reinventar a economia do cuidado e o grito uterino que ecoa com justa indignação. Evidencia-se que a pandemia visibilizou questões preexistentes: o aumento do cuidado sob os ombros das mulheres seja em casa ou nas diferentes profissões em que as mulheres estão na linha de frente, a violência contra as mulheres. A pandemia acentua a desigualdade social, racial e de gênero da sociedade brasileira, sendo que as mais atingidas são mulheres pobres, negras, pardas, idosas e com deficiência. O grito que nasce do feminismo clama por uma reinvenção do mundo que habitamos. |
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ISSN: | 2237-6461 |
Contains: | Enthalten in: Estudos teológicos
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Persistent identifiers: | DOI: 10.22351/et.v60i2.4101 |