A missionação em África nos séculos XVI-XVII: análise de uma atitude
Usando como trampolim as primeiras viagens de descoberta ao longo da costa ocidental africana (1415-1487), assim como, uma vez dobrado o nefasto Cabo das Tormentas (1487), ao longo da costa oriental africana — do futuro Cabo de Boa Esperança até ao extremo norte da costa suaíli (Mogadíscio) —, este...
Summary: | Usando como trampolim as primeiras viagens de descoberta ao longo da costa ocidental africana (1415-1487), assim como, uma vez dobrado o nefasto Cabo das Tormentas (1487), ao longo da costa oriental africana — do futuro Cabo de Boa Esperança até ao extremo norte da costa suaíli (Mogadíscio) —, este estudo pretende abordar as dinâmicas da missionação portuguesa durante os primeiros dois séculos de presença (semi)permanente em solo africano. Em outras palavras observar-se-ão as abordagens, os sucessos e, mormente, os insucessos da cristianização dos povos autóctones por parte da Igreja e, através desta última, da Coroa, ambas interessadas em expandir o seu poder e a sua influência económico-social. Using as a springboard the first Portuguese voyages of reconnaissance/discovery along the West African coast (1415-1487), as well as, once passed the ill-omened Cape of the Torments (1487), the East African coast—from the future Cape of Good Hope to the northernmost tip of the Swahili coast (Mogadishu)—this study analyzes the dynamics of Portuguese missionary policy during the first two centuries of (semi-)permanent presence in Africa. In other words, the approaches, the accomplishments, and, most of all, the failure of the Church, through the intermediary of the Portuguese Crown, to evangelize the autochthonous African populations will be evaluated. |
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Contains: | Enthalten in: Revista lusófona de ciência das religiões
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