Crise mimética e vítima sacrificial. Contribuição de René Girard para as teorias da religião
A relação entre religião e violência, apesar de há muito discutida, tende a se reificar em duas posições extremas. De um lado, compreende-se que a religião, não obstante algumas atitudes violentas, tem como núcleo central um discurso e uma prática de paz. No outro extremo, há a associação muita rápi...
| Autor principal: | |
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| Tipo de documento: | Electrónico Artículo |
| Lenguaje: | Portugués |
| Verificar disponibilidad: | HBZ Gateway |
| Interlibrary Loan: | Interlibrary Loan for the Fachinformationsdienste (Specialized Information Services in Germany) |
| Publicado: |
[2019]
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| En: |
Estudos teológicos
Año: 2019, Volumen: 59, Número: 1, Páginas: 14-30 |
| (Cadenas de) Palabra clave estándar: | B
Girard, René 1923-2015
B Mimesis |
| Clasificaciones IxTheo: | AB Filosofía de la religión NBE Antropología NCA Ética TK Período contemporáneo VA Filosofía |
| Otras palabras clave: | B
Religião
B R. Girard B Sacrifício B Violência |
| Acceso en línea: |
Volltext (kostenfrei) Volltext (kostenfrei) |
| Sumario: | A relação entre religião e violência, apesar de há muito discutida, tende a se reificar em duas posições extremas. De um lado, compreende-se que a religião, não obstante algumas atitudes violentas, tem como núcleo central um discurso e uma prática de paz. No outro extremo, há a associação muita rápida entre religião e violência, como se os termos fossem sinônimos. Tendo em vista a complexificação desse quadro, o presente artigo busca explorar as contribuições de René Girard, mostrando como ele se situa para além dessa polaridade, ao reconfigurar o lugar da violência no interior da religião. Para ele, de um lado, a violência é a alma e o coração da religião. Por outro lado, a religião visa à paz. Para entender essa aparente ambiguidade, o artigo explora as noções de desejo mimético e de vítima sacrificial. O artigo aponta como em Girard o desejo mimético conduz à exacerbação da violência e ao conflito. Para solucionar essa violência maior, recorrese à vítima sacrificial, cuja função é recriar, sob outras bases, a coesão social. Portanto a violência intrínseca à religião serve como meio para reestabelecer o convívio social. Com isso, o artigo procura indicar em que medida Girard assume a violência intrínseca à religião, ao mesmo tempo em que indica como ela pode conduzir à paz. Ao articular dessa maneira violência e paz, percebe-se como ele foge a posturas que negam uma ou outra face da religião, mas busca articular ambas. |
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| ISSN: | 2237-6461 |
| Obras secundarias: | Enthalten in: Estudos teológicos
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| Persistent identifiers: | DOI: 10.22351/et.v59i1.3577 |