“Fora da Beleza não há salvação”: O movimento de Rubem Alves da fé engajada à teopoesia.

Na década de sessenta, na América Latina, surgia uma perspectiva teológica a partir do contexto dos pobres, da sociedade industrial e da própria teologia clássica à luz da fé engajada. Rubem Alves é considerado um dos precursores ou, no mínimo, parte das origens dessa teologia latino-americana conhe...

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Main Author: Terra, Kenner (Author)
Contributors: Luiz, Rainerson Israel Estevam de (Other)
Format: Electronic Article
Language:Portuguese
Check availability: HBZ Gateway
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Fernleihe:Fernleihe für die Fachinformationsdienste
Published: Imprensa Metodista [2017]
In: Estudos de religião
Year: 2017, Volume: 31, Issue: 2, Pages: 205-223
IxTheo Classification:CD Christianity and Culture
FA Theology
KAJ Church history 1914-; recent history
KBR Latin America
KDD Protestant Church
Further subjects:B Humanismo Messiânico
B Rubem Alves
B Linguagem
B Poesia
B Teopoesia
Online Access: Volltext (doi)
Volltext (kostenfrei)
Description
Summary:Na década de sessenta, na América Latina, surgia uma perspectiva teológica a partir do contexto dos pobres, da sociedade industrial e da própria teologia clássica à luz da fé engajada. Rubem Alves é considerado um dos precursores ou, no mínimo, parte das origens dessa teologia latino-americana conhecida como Teologia da Libertação. Contudo, na sua caminhada intelectual, percebemos o movimento da ênfase do fazer para a prioridade da beleza. Neste artigo, apresentar-se-á o processo alvesiano de distanciamento de uma linguagem teológico-emancipatória para se descobrir livre na beleza dos versos e das crônicas infantis. Alves propõe uma libertação corporal de todas as estruturas tecnológicas e teológicas de repressão, para que o corpo viva o sentido lúdico, imaginativo, poético e dionisíaco da vida. Nesse artigo, para percebermos esse movimento alvesiano, investigaremos as propostas de seu humanismo messiânico e visualizaremos, desde o final da década de 60, os primeiros lampejos de sua teopoesia. Portanto, mostrar-se-á o vanguardismo de Rubem Alves e suas relações frutíferas com as teorias da linguagem e como a poesia, a qual lhe serviu como instrumento de construção de mundo e crítica estética à mecanicidade do saber tecnológico e à teologia tradicional.
ISSN:2176-1078
Contains:Enthalten in: Estudos de religião
Persistent identifiers:DOI: 10.15603/2176-1078/er.v31n2p205-223