Abençoada cura: poéticas da voz e saberes de benzedeiras
Este artigo se propõe a adentrar neste duplo universo: o aspecto mágico/religioso dos saberes das benzedeiras e o papel da palavra enquanto elemento de cura. Esse conhecimento, das quais somente estas são conhecedoras, se faz presente e se performatiza no instante, em que visível e invisível irão co...
Main Author: | |
---|---|
Contributors: | |
Format: | Electronic Article |
Language: | Portuguese |
Check availability: | HBZ Gateway |
Journals Online & Print: | |
Fernleihe: | Fernleihe für die Fachinformationsdienste |
Published: |
[2017]
|
In: |
Revista Brasileira de História das Religiões
Year: 2017, Volume: 9, Issue: 27, Pages: 189-227 |
Standardized Subjects / Keyword chains: | B
Miraculous healing
/ Language
/ Word
/ Prayer
/ Healer
|
IxTheo Classification: | AG Religious life; material religion AZ New religious movements KBR Latin America |
Further subjects: | B
Voz
B Cura B Benzedeiras B ofício B memória e performance |
Online Access: |
Volltext (doi) Volltext (kostenfrei) |
Summary: | Este artigo se propõe a adentrar neste duplo universo: o aspecto mágico/religioso dos saberes das benzedeiras e o papel da palavra enquanto elemento de cura. Esse conhecimento, das quais somente estas são conhecedoras, se faz presente e se performatiza no instante, em que visível e invisível irão compor a força e o poder das palavras das benzedeiras, que não podem ser ensinadas à esmo sob pena de perder sua “força”. Assim, questiono por que as benzedeiras não ensinam o significado de suas preces, a não ser em determinados contextos de transmissão do saber? Que implicações esse preceito traz para o ofício nos dias de hoje? A partir das orações pronunciadas nos rituais de cura, elas performatizam a palavra, a voz, as narrações e memórias. O objetivo é alcançarmos essa fonte de saber existente na oralidade, a benzeção, desvendando a essência existente por trás da palavra, pois mais do que o significado literal, as palavras têm o poder de curar, sem a necessidade de possuir uma função definida, bem como de ser um saber transmitido em contextos em que a poética da voz se faz presente. É através da análise teórica dos textos, da etnobiografia e observação participante que buscamos nos aproximar do campo de atuação das benzedeiras nas cidades de Natal, Parnamirim - RN. Como referencial teórico, a obra de Paul Zumthor será a base para a construção das categorias voz, poesia oral, performance e oralidade. Também partiremos das obras de Richard Sennett, Walter Benjamim e Maurice Halbwachs e Walter Ong como eixo norteador dos estudos sobre oralidade, memória e narração. |
---|---|
ISSN: | 1983-2850 |
Contains: | Enthalten in: Revista Brasileira de História das Religiões
|
Persistent identifiers: | DOI: 10.4025/rbhranpuh.v9i27.31436 |