Discurso católico e discurso estrangeirado: (Sobre o caráter imigratório do discurso católico no Brasil)

O debruçar-se da inteligência brasileira sobre as origens indígenas deste país e o esforço em relativizar a influência europeia sobre a formação da cultura nacional constituem uma luta árdua que já se trava por mais de século e meio. É de certa forma uma luta do brasileiro contra si mesmo, contra a...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Hoornaert, Eduardo (Author)
Tipo de documento: Recurso Electrónico Artigo
Idioma:Português
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Interlibrary Loan:Interlibrary Loan for the Fachinformationsdienste (Specialized Information Services in Germany)
Publicado em: 1990
Em: Revista eclesiástica brasileira
Ano: 1990, Volume: 50, Número: 199, Páginas: 643-651
Acesso em linha: Volltext (kostenfrei)
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Descrição
Resumo:O debruçar-se da inteligência brasileira sobre as origens indígenas deste país e o esforço em relativizar a influência europeia sobre a formação da cultura nacional constituem uma luta árdua que já se trava por mais de século e meio. É de certa forma uma luta do brasileiro contra si mesmo, contra a ideologia estrangeirada que habita o corpo social. É um oscilar entre dois mundos, o mundo dos valores europeus e ocidentais em geral trazidos por sucessivas ondas de europeização desde a primeira nos anos 1500, e do outro lado o mundo mais antigo, mais rejeitado, dos valores indígenas e africanos. De forma lapidar escreveu José Honório Rodrigues no prefácio à segunda edição de seu livro Brasil e África: outro horizonte: “Somos uma república mestiça, étnica e culturalmente; não somos europeus nem ‘latino-americanos’; fomos tupinizados, africanizados, orientalizados e ocidentalizados. A síntese de tantas antíteses é o produto singular e original que é o Brasil atual” (Rodrigues, 1982, 14-15).
Obras secundárias:Enthalten in: Revista eclesiástica brasileira
Persistent identifiers:DOI: 10.29386/reb.v50i199.3034