Apresentação do Dossiê

Recentemente, por ocasião da morte de Eduardo Lourenço, Carlos Reis lembrou de uma passagem do diário desse importante intérprete da cultura portuguesa: "Gostaria de viver num convento onde o superior fosse Álvaro de Campos. Em lugar de nos perdermos na contemplação de Deus, adoraríamos noite e...

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Detalhes bibliográficos
Authors: Boas, Alex Villas (Author) ; Teixeira, José Rui 1974- (Author) ; Cappelli, Marcio (Author) ; Lopes, Marcos (Author)
Tipo de documento: Recurso Electrónico Artigo
Idioma:Português
Verificar disponibilidade: HBZ Gateway
Journals Online & Print:
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Fernleihe:Fernleihe für die Fachinformationsdienste
Publicado em: Imprensa Metodista 2020
Em: Estudos de religião
Ano: 2020, Volume: 34, Número: 3, Páginas: 5-8
Acesso em linha: Volltext (kostenfrei)
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Descrição
Resumo:Recentemente, por ocasião da morte de Eduardo Lourenço, Carlos Reis lembrou de uma passagem do diário desse importante intérprete da cultura portuguesa: "Gostaria de viver num convento onde o superior fosse Álvaro de Campos. Em lugar de nos perdermos na contemplação de Deus, adoraríamos noite e dia a sua Ausência". Não obstante o longo processo de emancipação da arte em relação à religião, aqui, a passagem em que Lourenço alude ao heterônimo pessoano, além de ser uma pequena homenagem a este crítico de vocação humanista, mostra que, no mínimo, mesmo de maneira fraturada, a ideia de uma transcendência - ou do vácuo deixado por ela - não está de todo liquidada para a compreensão de certas expressões literárias. Até em alguns escritores em que a perda de uma inteligibilidade metafísica do mundo parece ser determinante, é possível perceber o confronto com uma alteridade ou com o seu rastro.
ISSN:2176-1078
Obras secundárias:Enthalten in: Estudos de religião
Persistent identifiers:DOI: 10.15603/2176-1078/er.v34n3p5-8