Deuses que dançam da topia dos orixás à utopia tópica cristã

Na religião dos Orixás, o corpo é a morada da vida: os deuses dançam, cantam, comem e fornicam. Suas referências ora são destinados a rituais sensuais do próprio corpo - dos deuses e dos fiéis -, ora a sensualidade é assumida a partir dos elementos naturais. E assim, não é o humano que se inscreve s...

Full description

Saved in:  
Bibliographic Details
Main Author: Raslan, Gilson Soares (Author)
Format: Electronic Article
Language:Portuguese
Check availability: HBZ Gateway
Journals Online & Print:
Drawer...
Fernleihe:Fernleihe für die Fachinformationsdienste
Published: Ed. Mackenzie 2011
In: Ciências da religião história e sociedade
Year: 2011, Volume: 9, Issue: 2, Pages: 53-71
Further subjects:B Corpo
B cultura contemporânea
B Religiões Afro-brasileiras
B Cristianismo
B Utopia
Online Access: Volltext (kostenfrei)
Description
Summary:Na religião dos Orixás, o corpo é a morada da vida: os deuses dançam, cantam, comem e fornicam. Suas referências ora são destinados a rituais sensuais do próprio corpo - dos deuses e dos fiéis -, ora a sensualidade é assumida a partir dos elementos naturais. E assim, não é o humano que se inscreve sobre a natureza não-humana; ao contrário, a natureza e o topos se inscrevem sobre o corpo e a alma humanos. Se essa característica está presente sobretudo e ainda hoje nos candomblés, também na umbanda o corpo se evidencia, mas o que a separa do candomblé é o que a aproxima daqueles que os perseguem, a ambos: do cristianismo e sua utopia, sua negação do corpo sensual e afirmação do mundo eterno post-mortem. E, no entanto, também os perseguidores cristãos contemporâneos descobriram o sensual - e imputam aos perseguidos o diabólico do sensual. Este texto ilustra, a partir da mitologia dos orixás, a sensualidade dos deuses de matriz afro-brasileira e ensaia uma reflexão sobre a nova topia do cristianismo praticado por neo-pentecostais e católicos renovados.
ISSN:1980-9425
Contains:Enthalten in: Ciências da religião história e sociedade